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A Revolução da Maria da Fonte

A Revolução da Maria da Fonte

Subsídios para a sua história e interpretação

Joaquim Palminha Silva

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Há sempre, na história dos povos e das suas nacionalidades, um momento em que o patriotismo progressista — o nacionalismo despido das teias de aranha do chauvinismo, o desalienado amor aos valores da cultura pátria —, deve fazer um necessário regresso, cronologicamente estudado, sobre tudo aquilo que representou, desde as origens da nacionalidade, arrancada de progresso social e económico. Regresso sobre a formação de um país que seja acompanhado pelo bisturi do racionalismo e da lógica dialéctica, essa lanterna desbravadora de escuridões ancestrais donde irradia a luz do materialismo histórico.

Já não basta somente fazer a barba quinhentista, despir os andrajos pegajosos de um suor doentio, acumulando de gerações para gerações escoburtos mentais de uma intrujice de «traje de luces». É preciso pôr ponto final naquilo que não temos e naquilo que fomos, de modo a virmos a ter e ser alguma coisa: sobretudo inventariar o que efetivamente fizemos de nós mesmos ao longo dos séculos!

Pensamos nós que sem visão perspicaz e científica do passado histórico, estaremos pouco aptos a entender um presente que o barulho da refrega, a vozearia generalizada e a colorida embrulhada de gregos e troianos pouco ajudam a compreender.

Há paralelismos históricos de um encaixe «assustador». Dir-se-ia que os seus malhetes desencontrados foram feitos propositadamente para, volvido século e meio, nós os encaixarmos, como é devido, no «puzzle» nacional.

Para nós, a revolução da Maria da Fonte é um pouco de tudo isto. Tudo isto nos inspira a dela tirarmos lições e ilações e, sobretudo, a não repetir erros. Para nós tem sido uma página de história esquecida.

(Da Introdução)

Ano de edição: 1978

Páginas: 132

Coleção: Bolso

Nº de coleção: 5

Dimensões: 11 x 18 cm

Encadernação: Brochado

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Joaquim Palminha Silva

Joaquim Palminha Silva nasceu em Évora em 1945.
Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, desenvolveu a sua atividade profissional na área da Sociologia da Cultura e da História.
Funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros, optou, após duas décadas, pela transferência para Administração Local (câmaras municipais de Cuba e Beja).
Manteve desde sempre colaboração assídua na imprensa regional alentejana e nacional, foi fundador da Associação Cultural Fialho de Almeida, em Cuba, e tem uma vasta obra publicada, incluindo, nas Edições Afrontamento, A revolução da Maria da Fonte: subsídios para a sua história e interpretação (1978) e Jaime Batalha Reis na Rússia dos Sovietes ou Dez dias que abalaram um diplomata português (1984), agora reeditado.
Joaquim Palminha Silva faleceu em 2015 na sua cidade natal — Évora.

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