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Espaços

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Vivência e Mitificação na Literatura Portuguesa

Maria Manuela Cabral

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O Porto de Garrett, o Douro de Agustina, a Ribeira Lima de Ruben A., a Lisboa de Mário de Carvalho, a Serra de Vergílio Ferreira e a África lusófona de António M. Lopes Dias são os Espaços revisitados neste livro, que não é apenas um conjunto de ensaios de literatura, mas também um convite à leitura dos autores de que se ocupa.
Tendo como matriz a vivência inscrita na memória de cada autor, tais Espaços não se esgotam, no entanto, na evocação afectiva ou na fruição da paisagem que também convocam, antes se abrem à reflexão e à interrogação.
Reflexão sobre o nosso ser colectivo como país viável ou sobre o ideal e as fraquezas do constitucionalismo parlamentar que, desde o século XIX, adoptámos como regime político. Reflexão sobre o reverso da globalização ou sobre a fragilidade do fio civilizacional que nos une a outros povos, temas sugeridos através da recriação de cidades imaginárias ou de cidades transfiguradas pela ironia.
Finalmente Espaços concebidos como metáfora da reflexão existencial, que consubstanciam a inquietação metafísica inerente à condição humana.

Ano de edição: 2022

Páginas: 160

Coleção: Textos

Dimensões: 16 x 24 cm

Encadernação: Brochado

ISBN: 978-972-36-1949-2

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Maria Manuela Cabral

Natural de Tabuaço, licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e fez mestrado em Literaturas Românicas Modernas eContemporâneas na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde apresentou a tese A História como Memória em A Costa dos Murmúrios de Lídia Jorge. Foi professora do Ensino Secundário e exerceu funções docentes na área da Metodologia do Ensino do Português, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. É autora dos ensaios didáticos Poesia e Linguagem Poética – alguns problemas da sua pedagogia (1975), A Geração do Orpheu (1987), Avaliação e Escrita – um processo integrado (1994), Para um tratamento integrado da personagem: uma leitura de Dentes de Rato de Agustina Bessa Luís; «A Estrela» de Vergílio Ferreira, «A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho» de Mário de Carvalho (2001) e de Como Abordar o Texto Poético (2004). Publicou, individualmente ou em obras conjuntas, os ensaios literários «A Costa dos Murmúrios» de Lídia Jorge – inquietação pós-moderna? (1997), A Torre da Barbela, espaço mítico da identidade portuguesa (1999), Vergílio Ferreira leitor de Raul Brandão(2000), Vila Nova de Gaia na obra de Garrett (2001), O Porto de Garrett (2002) e Regresso a Ítaca(2014).

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