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Uma Solidão Demasiado Ruidosa

Uma Solidão Demasiado Ruidosa

Bohumil Hrabal

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"Parecendo remexer, escavar a realidade quotidiana à procura da mais pequena partícula de beleza contida nos seres e nas coisas, Bohumil Hrabal acaba por ser um cronista malicioso e um caricaturista comovente", diz o jornal Libération sobre este autor a quem Kundera chama "uma das incarnações mais autênticas da Praga Mágica". 
Apesar da sua obra ter sido proibida a partir de 1968, na então Checoslováquia, não deixou de ser um dos autores mais lidos no seu país, através de edições publicadas e distribuídas à revelia do sistema. 
Tal como o autor nos anos 50, o herói deste livro, Hanta, trabalha na cave de um depósito de reciclagem. Trabalha com uma velha prensa e os seus dias passam-se a comprimir livros e papéis. Mas antes de os destruir, Hanta não pode deixar de observar o que lhe passa pelas mãos: folhear esses livros dá um sentido à sua vida. 
A instalação de uma cadeia automática capaz de destruir e comprimir livros em enormes quantidades, e a invasão da sua cave por jovens operários-modelo indiferentes que alegremente alimentam as máquinas ultramodernas — evocação da realidade pós-68 — tornam inútil a função de Hanta. 
Este livro não consegue ler-se sem um sorriso nos lábios, ao mesmo tempo que um nó se aperta na garganta.

Ano de edição: 1992

Páginas: 116

Coleção: Fixões

Dimensões: 14,7 x 20,9 cm

Encadernação: Brochado

ISBN: 978-972-36-0282-1

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Bohumil Hrabal

Bohumil Hrabal (1914-1997) é um dos maiores escritores checos do século XX, a par de Jaroslav Hašek, Karel Capek e Milan Kundera. Eterno compincha de caneca erguida nas tabernas de Praga, amigo da boa cerveja e de gatos (a ordem é aleatória), cedo se deixou seduzir pelos encantos da capital checa. Cursou Direito, que nunca exerceu, viveu a ocupação nazi e o estalinismo do pós-guerra, e teve um sem-fim de ofícios, nos quais beberia a inspiração para os seus livros: de ferroviário durante a guerra (Comboios Rigorosamente Vigiados, 1965, adaptado ao cinema em 1967) e prensador de papel (Uma Solidão Demasiado Ruidosa, 1976) a contraregra e telegrafista. As suas obras circularam clandestinamente após a Primavera de Praga, foram banidas e queimadas, e, a par de outros intelectuais, Bohumil Hrabal foi acossado pelo regime comunista e pelos censores do Estado. Distinguiu-se pela publicação de obras como Eu que Servi o Rei de Inglaterra (1971), A Terra Onde o Tempo Parou (1973) e Terno Bárbaro (1973), pelo humor grotesco e irreverente e pela obsessão com o discurso autêntico e pitoresco do seu povo. No seu último dia neste mundo, caiu da janela do quinto andar num hospital de Praga, ao dar de comer aos pombos.

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